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domingo, 25 de outubro de 2015

Mais uma primavera


Parabéns pra mim! <3


23 de outubro de 2015. Mais uma volta ao redor do sol que se completa para mim. O findar de um ciclo e o início de uma nova jornada. Porque aniversário para mim representa isso. Além de ser um motivo delicioso de se comemorar ao lado de quem a gente ama e quer bem, o que eu adoro fazer, é um momento de me reencontrar comigo mesma e reavaliar a minha relação com o mundo.

Engraçado como o aniversário vai mudando de significado com o passar dos anos. Quando eu era criança, lembro da espera ansiosa pela chegada dessa data. Contava os meses, as semanas, os dias, as horas, os minutos. Adorava comemorar o meu aniversário. E adorava mais ainda os preparativos! Como era bom ficar na cozinha com a minha mãe, ajudando a enrolar os docinhos, a rechear e cobrir o bolo, comer a rapa da panela, enrolar as balas delícia e enfeitar a mesa quando tudo estivesse pronto. E depois, a espera pela chegada dos convidados, os presentes, as risadas, as brincadeiras com meus amigos de infância. Ai, como eu queria fazer aniversário todos os dias! :)

Na adolescência, já não fazia mais comemorações, como se a data tivesse perdido um pouco o sentido. Também pudera, eu não via a hora de me tornar adulta, queria que os anos passassem logo. Bem que dizem que a gente se arrepende desse desejo depois que cresce de verdade! A única comemoração que lembro foi quando fiz 15 anos, em que eu tive a tradicional festa de debutante. Era como um anúncio de que a vida adulta estava chegando. Lembro das pessoas me dizendo que, depois dos 15, os anos passavam voando. E voaram, esses danadinhos...

Hoje, aos 27, me vejo com os pés já chegando perto da casa dos 30, embora insistam comigo que tenho ainda a carinha de 15, quanta bondade! :). Hoje já não tenho mais o desejo de que os anos passem apressados, embora o tempo me contrarie quase que diariamente nisso. Mas cada ano que chega, me sinto mais viva, mais segura e confiante, mais dona de mim, mais convicta da minha verdade, dos meus valores e crenças, cultivados ao longo de toda uma vida, que refletem hoje a minha essência.

Cada vez que a idade avança, recebo com alegria e gratidão o presente de estar simplesmente viva para poder comemorar e partilhar este momento. Comemorar mais um ano e abrir a alma e o coração para as novas experiências que o novo ciclo me reservam. O avançar da idade não me aflige. Recebo com muito amor as marcas no meu corpo que já começam a dar sinais da idade: as pequenas rugas no rosto, as olheiras, meus primeiros fios brancos, minhas poucas estrias e celulites, minhas varizes, um pequeno volume em meu abdômen. Marcas que fazem parte da minha história, que carregam os traçados da minha trajetória, que evidenciam a minha perfeita imperfeição!

E as marcas são também espirituais. Porque a cada ano que passa, eu renovo o sentido da minha caminhada, repenso os trajetos, rumo confiante para o futuro que me aguarda, vivendo no presente cada nova experiência, relembrando, saudosa, de tudo o que já passou e que me fortalece para seguir adiante.

Meus 27 anos chegam com muito amor! A renovação do meu amor próprio, a confirmação de que estou rodeada de amor. Agradeço, de coração, cada manifestação de carinho, cada abraço recebido, tenha ele sido pessoal ou virtual, cada palavra amorosa manifestando doces desejos para mim! Prometo manifestar minha gratidão pelos próximos 365 dias da melhor forma possível, vivendo cada um desses dias com intensidade e amor.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Sobre a motivação

Foto: Adriana Marques




















Minha mente anda cheia de ideias sobre temas para escrever... mas ideias não passam de ideias se não as colocamos em ação. Não é à toa que fala-se tanto da importância de se colocar sempre em movimento, porque o movimento faz fluir a nossa jornada.

Tem dias, porém (quase sempre, ultimamente), que simplesmente empaco no mundo das ideias. Falta aquele empurrãozinho, um incentivo, algo que motive a me colocar em ação. A verdade é que o mundo ao redor tem tantas a(dis)trações que, se a gente não se vigia, a gente acaba caindo na armadilha da procrastinação e vai deixando pra depois o nosso movimento, que é algo tão importante, que deveria ser a nossa prioridade, afinal, ele carrega toda nossa essência, e se rende às experiências imediatas que, na maioria das vezes, nem têm tanta importância assim, muitas vezes nem agregam tanto, mas por algum motivo a gente vai seguindo o fluxo.

E daí que hoje me deparei com um projeto pra lá de inspirador, de gente do bem que tá se colocando em movimento, e eis que a temática foi ela, a MOTIVAÇÃO. O projeto se chama Ligando Ideias, e seu objetivo é postar, semanalmente, vídeos colaborativos em que cada participante dá sua visão sobre a temática proposta para a semana. Quem quiser conferir, olha aqui que está muito bacana!

Vendo o vídeo, comecei a matutar sobre essa menina tão importante e me peguei pensando na palavra motivação. Motivação = Motivo + Ação. Ter um motivo para a ação. Bingo. A motivação é um elemento essencial em nossas jornadas, é ela que nos impulsiona e nos sacode a sair do lugar na busca dos nossos objetivos. Isso significa que, quando nos sentimentos desmotivados, o que na verdade nos falta é um motivo que nos leve a agir em busca de algo. Ou, o motivo pode até existir, mas nos falta a clareza sobre ele. E se não há motivo ou se ele ainda não está claro, a gente não age, fato.

Nesse exercício simples eu consegui perceber que o fato de eu estar estagnada no mundo das ideias e postergando diversos textos tem muito a ver com a motivação. Por mais que eu tenha me redescoberto na escrita, uma paixão antiga, tem dias que simplesmente me rendo às a(dis)trações ao redor e mino completamente o motivo para me colocar em ação, canalizando-a para outras atividades. E aí vou seguindo o fluxo e deixando para depois as minhas paixões. Só que o depois nunca chega. Porque depois sempre vem o cansaço, a preguiça, a falta de disposição e vontade, e aí mais uma vez me rendo ao fluxo ao invés de seguir o que fala o coração.

E para voltar ao fluxo da nossa jornada e se desligar do fluxo do mundo, não tem muito segredo, a não ser silenciar o coração e a alma e escutar, com atenção e cuidado, o que grita aqui, dentro da gente. Porque só assim, se aquietando, é que conseguimos nos reconectar com os motivos que nos levam a agir e nos colocar, novamente, em movimento. E não é vergonha nenhuma admitir, pra nós mesmos, o quanto não estamos nos comprometendo com nossos propósitos. Pelo contrário. Faz parte do processo de reconexão reconhecer a falha, entender o que tem levado a desvirtuar do caminho, nos redimir conosco, entender que o erro faz parte do processo, que com ele aprendemos a ser melhores a cada dia. Só isso já é motivo suficiente para reascender a motivação que há dentro de nós e continuar seguindo em frente. Para mim, motivação suficiente para me reconciliar com as palavras. Para deixar fluir as ideias para fora da cachola e deixar transbordar as palavras em forma de texto.

domingo, 12 de abril de 2015

Mudar dói




















Já fazia um tempo que não passava por aqui com tanta frequência. Já devem estar pensando que abandonei o barco, não é verdade? Confesso que essa ideia passou sim pela minha cabeça. E quantas e quantas vezes. E como isso dói no peito e na alma.

A verdade é que, desde que resolvi me aventurar pelo caminho da mudança, na busca de uma vida com mais significado, que unisse em um mesmo propósito todas as esferas da vida - pessoal, emocional, espiritual, profissional - não há um dia sequer em que a ideia de largar tudo e desistir dessa ideia não ronde a minha mente. Não há um dia em que os monstrinhos sabotadores de sonhos não se apoderem dos meus pensamentos. Não há um dia em que eu não sinta a dor que é se manter no caminho da mudança.

É, porque mudar dói. Sair da zona de conforto, se sentir inseguro, se colocar vulnerável, se abrir para o novo é um caminho intenso, confuso e muitas vezes doloroso sim. Ou você acha que basta apenas pensar positivo que tudo simplesmente se resolve e conspira a favor? Não, não mesmo.

Mudar de hábitos, mudar a forma como você vê o mundo não é tão simples assim. É um exercício diário de você contra você mesmo. É um confrontar constante entre o EU que você sempre acreditou ser você (o EU superficial, que mostramos para o mundo) e o novo EU que quer assumir de vez a morada do seu corpo (o EU de verdade, que sempre ficou ofuscado pelo EU que você insistia em mostrar para o mundo).

Quando a gente (re)descobre o nosso EU de verdade, o EU que nos move, que guarda todas as nossas crenças e valores mais profundos e verdadeiros, a alegria invade o nosso ser de maneira avassaladora. A gente quer assumir esse EU de todas as maneiras e abandonar o EU da superfície. E é aí que começa o confronto. Porque quando mergulhamos em nosso interior em busca de respostas, nos encontramos com o que há de mais puro dentro de nós e somos envolvidos com uma energia maravilhosa, que nos faz querer assumir todos os riscos e abraçar novos caminhos e ir de encontro a uma vida que corresponda aos nossos anseios mais verdadeiros.

Mas junto com essa clareza, vem também a dúvida e a incerteza de abandonar tudo aquilo que construímos até aqui para abraçar o novo, pois não sabemos no que resultará essa busca. Dá um medo danado de tudo dar errado, de perdermos tudo, de tudo não passar de um sonho maluco. E é aí que a dor começa a latejar dentro do peito, porque a gente sabe que há uma vontade enorme de mudar, mas há também o medo de agir e vem, junto, a vontade de abandonar o sonho e continuar vivendo a realidade atual, que parece um porto seguro, quando na verdade de seguro não tem nada. A segurança é uma ilusão que criamos para sabotar os nossos sonhos e devaneios.

Nessas horas a gente deve deixar a dor fluir, colocar pra fora. Guardar a dor, fingir que ela não existe só piora as coisas. A gente deve se permitir sentir tudo, seja prazeroso ou doloroso. Quando a gente se permite sentir, a gente enxerga as coisas com clareza, vai no fundo o sentimento e consegue perceber o real sentido de tudo no meio da dor. A gente compreende o que causa o sentimento, o porque dele estar ali, dentro da gente, e consegue se libertar dele para continuar seguindo em frente, apesar de todo o medo, de toda incerteza, de toda insegurança e todo anseio. Porque quando a gente realmente acredita naquilo que buscamos, a gente deixa de sucumbir à dor e passa a enxergá-la como um trampolim para alcançar aquilo que se almeja.

Porque a dor de se manter na zona de conforto e se contentar em ficar imaginando o que poderia ser se a gente tivesse tentado é muito maior e muito mais triste do que a dor que sentimos ao longo do nosso caminho de mudança. Porque essa segunda dor ela consegue nos arrancar sorrisos, ela nos impulsiona a continuar seguindo em frente e ela se torna imensamente pequena quando a gente para de focar na dor e volta o nosso olhar para o nosso caminho e se depara com cada pequeno detalhe, cada pequena conquista alcançada, cada pequeno passo dado. A gente olha pra tudo isso com um orgulho danado e, por isso, segue adiante, porque vale a pena continuar lutando quando temos a certeza de que o caminho escolhido vai de encontro ao nosso propósito e aos nossos anseios mais profundos.

Porque vale a pena enfrentar todas as adversidades quando o que está em jogo é a realização dos nossos sonhos. E se isso implica em mudar o rumo da nossa trajetória, que a gente mude, doa a quem doer. Deixa a dor fluir e segue adiante, mesmo na dor. Porque ao final da trajetória, terá valido a pena cada instante, terá valido a pena acreditar, persistir e confiar no sonho. Acredite!

domingo, 5 de abril de 2015

Que renasça o amor em nós

Serra da Piedade


















Hoje é páscoa. Independente da crença que te move, o fato é que a páscoa traz toda uma aura de recolhimento interior, de reflexão, um estar consigo mesmo, a busca de uma reconexão com o que está dentro de nós.

Um momento em que relembramos o sacrifício de um Homem que deu sua vida por toda a humanidade. Um Homem que, em sua breve passagem por esse mundo, não nos pediu muita coisa, apenas que nos amássemos uns aos outros. 

Às vezes eu olho o mundo ao redor e me bate uma enorme tristeza, porque este ensinamento tão importante parece estar se perdendo em meio a tanta vaidade e egoísmo. As pessoas às vezes brigam por tão pouco, perdem a razão por pequenas coisas, se sentem no direito de maltratar e julgar seus semelhantes, se esquecem que somos todos irmãos, que todos fazemos parte de uma mesma humanidade e, por isso, compartilhamos de uma conexão uns com os outros, que está acima de toda a diversidade que faz com que cada um seja um ser singular e único.

Há momentos em que sofro com a reação incompreensiva do outro. Há momentos em que a incompreensão parte de mim. Porque somos seres que lidam, o tempo todo, com a dualidade que há em nós. O que nos entristece no mundo também está dentro de nós, por mais que a gente insista em pensar que está apenas no outro. Somos seres humanos, somos imperfeitos, somos uma constante evolução.

E por sermos evolução é que ainda acredito na capacidade do ser humano. Acredito que haverá um dia em que viveremos em harmonia, em paz, em comunhão uns com os outros, praticando, diariamente, a cada instante, o ensinamento mais lindo que um Homem nos deixou, a mais de 2 mil anos. Porque eu acredito no poder do amor. Acredito que ele pode, sim, mudar o mundo. Talvez não o mundo inteiro, mas ao menos o mundinho que me rodeia, que está ao meu alcance. 

Porque quando partilhamos o amor, quando deixamos que ele floreça, cedo ou tarde ele retorna para nós e se multiplica ao nosso redor. Quando deixamos emanar o amor que há em nós, as pessoas ao nosso redor se contagiam e levam adiante. 

Que no dia de hoje, e em todos os dias daqui para frente, a sua verdadeira páscoa seja perceber a grandeza desse ensinamento de Jesus, que o amor renasça em seu coração e sua esperança se renove. Que a gente espalhe muito amor por aí e contagie os nossos irmãos. É o meu desejo para hoje e sempre!

domingo, 29 de março de 2015

Que a gente se dedique mais a viver





















Vira e mexe eu me pego por aí pensando na vida... Pensando no que passou, no que deixou de ser, no que me tocou, no que não consegui resolver.

Penso nas pessoas que cruzaram meu caminho em algum momento da vida e me pergunto onde todas elas estão hoje e de que forma cada uma delas marcou a minha vida. Lembro de tudo aquilo que me fez sorrir, me fez chorar, me fez sofrer, me fez amar.

E nesse fluir de pensamentos e devaneios, me dou conta que a vida é puro sentimento. A gente vai lá e faz porque sente vontade. Se o resultado for algo bom, a gente vibra, se alegra, se emociona, sorri. Se não for tão bom assim, a gente briga, esperneia, se arrepende, não entende, se conforma, começa outra vez.

Até dá medo, aquele frio na barriga, uma momentânea vontade de não arriscar. Mas a gente vai lá, cria coragem e faz. Mesmo sem saber o resultado que vai gerar, simplesmente faz e pronto. E o resultado do nosso feito cria, de novo, um misto de sentimentos.

E por isso viver é sentir. Um ciclo infinito de começo, meio e fim. Um eterno (re)fazer e (re)começar. Um amor e ódio sem fim.

É passear o tempo todo entre o imaginário e o real. É ouvir o uivo do vento e o toque do seu soprar. É se debruçar sob a sobra de uma árvore e se deliciar com os frutos que ela dá. É olhar para o horizonte e imaginar o que há além. É sentir o cheiro das flores propagado pelo ar.

É simples, veja. A beleza está onde miramos o nosso olhar.

E depois de todo esse devaneio, quero apenas desejar que, a cada instante, possamos nos dedicar mais a viver. Viver aquilo que nos faz sentir bem. Viver mais para nós mesmos. Viver para quem nos ama e nos faz sorrir. Viver em harmonia com o mundo, respeitando a diversidade, tendo compaixão pelo irmão, não importa sua raça ou crença.

Viver sem ter vergonha de suas origens, sem ter medo de expressas o que pensa ou sente, sem se preocupar tanto com a opinião alheia.

Porque se viver é sentir, quero ter a paz de saber que estou vivendo a liberdade de viver da forma que me convir e me fizer bem, respeitando sempre o limite do outro. Porque viver é se permitir.

Muita vida e sentimento é o que eu desejo!

domingo, 1 de março de 2015

Escolha viver!

E pelos trilhos da vida, feliz eu vou vivendo.





















Eu não canso de dizer que todos os dias são dádivas em nossas vidas. E que cada novo dia é uma nova oportunidade de fazer o nosso melhor sempre, de trilhar o caminho que a gente acredita que nos levará ao destino que sonhamos e desejamos alcançar. E só tem uma coisa nessa vida que pode nos impedir de aproveitar, com toda intensidade, as dádivas de todos os dias: a nossa escolha.

Sim, está tudo em nossas mãos, em nosso poder de escolha. Porque tudo o que acontece em nossa vida é fruto das escolhas que fizemos um dia.

Diante de um grande desafio, cabe a nós escolher se vamos nos acovardar e desistir de seguir em frente ou se vamos enfrentar e acreditar que somos capazes.

Diante da dor, podemos torná-la um sofrimento que nos machuca permanentemente ou aprender a lidar com ela como um aprendizado necessário em nossa jornada, um momento que vai passar e do qual vamos sair mais fortes para seguir adiante.

Diante da dúvida, podemos escolher permanecer na inércia, por temer aquilo que o caminho nos reserva, ou podemos fazer da dúvida um trampolim para buscar as respostas pelas quais nossa alma tanto anseia, vivendo as experiências e as surpresas que o destino nos reserva.

Diante da vida, podemos escolher ficar na plateia, apenas observando e deixando o tempo correr, nos escondendo atrás das cortinas, ou podemos ser os protagonistas, que encaram a plateia com brilho nos olhos, com a alma leve e o coração alegre e enfrentam todo medo, toda dúvida, toda dor, todo julgamento, todo anseio, todo desafio, simplesmente porque escolhemos viver.

Não importa as adversidades que surjam ao longo da sua jornada, escolha viver, escolha ter histórias para contar ao final da sua trajetória. Porque escolher viver é abraçar a sua própria essência, é se permitir experimentar o novo, é acreditar no sonho mesmo quando ninguém acredita, é seguir adiante mesmo quando tudo parece não conspirar a favor, é percorrer um caminho mesmo sem saber o que o destino lhe reserva, é agradecer ao Universo e ao Criador da melhor maneira pela dádiva que você recebeu ao nascer nesse mundo: a sua Vida! Eu te convido a fazer a sua escolha, eu te convido a escolher viver a vida com toda sua verdade! Escolha viver! :)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Acredite em você!
























A gente não tem ideia do que é capaz de fazer, onde pode chegar até o dia que a gente vai e faz. Ontem foi um desses dias para mim. E vou te dizer, foi incrível, emocionante, libertador. Eu já contei aqui que sou ciclista (não por acaso, muitas das fotos que uso para ilustrar os textos do blog tem alguns pedais envolvidos). E ontem, o universo me presenteou com um passeio incrível: saímos de Betim, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, rumo à Lagoa da Pampulha, um dos principais pontos turísticos de BH. Pedalando, gente!

No total, 85 km de pedalada, ida e volta, com direito a volta completa na lagoa. O passeio mais longo que já fiz na vida, por um caminho que percorro, todos os dias, para ir de casa para o trabalho. Hoje, passando por lá de carro, quase não conseguia acreditar nessa insanidade que foi ontem.

Na ida, tudo perfeito, ainda de manhã cedinho, sol entre nuvens, brisa fria pra refrescar o corpo quente. Ao final de um pouco mais de duas horas, chegamos ao nosso destino, a lagoa. Nossa, fiquei em estado de euforia, não conseguia acreditar que tinha chegado ali com a força das minhas próprias pernas, com ar que pulsa em meus pulmões. Foi uma sensação mágica! Percorremos os 18 km da lagoa, me deslumbrei com a paisagem já conhecida, algumas paradas para registrar o momento, abastecer as energias do corpo, sintonizar a mente com a energia do lugar.

Do mirante, vi a cidade, lá longe. Olhei para a imensidão do céu, agradeci a Deus por ter colocado a bike no meu caminho, por ter me apaixonado tanto por esse esporte, pelas pessoas que conheci através da bike. Agradeci por não me deixar abater pelo medo, pelo desânimo, pelo cansaço. Agradeci por acreditar na força que há aqui, dentro de mim, por me deixar conduzir pela minha intuição. Agradeci, agradeci, agradeci.

Na volta, o caminho é ainda mais desafiador. As pernas já doloridas pelo esforço da ida, a água que já não mata mais a sede de tão quente que está, o sol de meio dia que castiga e suga a energia da gente. É sofrido, tem horas que é assustador, parece que é impossível conseguir finalizar. Em alguns momentos, dá vontade de descer da bike, sentar e esperar. É um entrave interno constante. E quando o cansaço parece que vai nos vencer, vem a força, sabe lá de onde, de dentro da gente, nos encorajando a continuar. Vem os amigos mais experientes, com mais resistência, que nos ajudam a subir as ladeiras quando nossas pernas já não aguentam mais. E quando menos se espera, depois de tantas subidas sofridas, chego ao alto do morro e olho pra baixo para o que me espera: uma descida incrível para descansar as pernas, para desfrutar do vento que refresca, para se desafiar e bater a velocidade máxima.

Só mais um pouco, tá chegando o fim da trajetória. Enfim, chego em casa, ainda meio sem entender o que tinha se passado ali. As pernas latejavam, o corpo todo estremecia, a cabeça dolorida, mas lá dentro do peito, uma emoção indescritível. Beto e eu nos olhávamos, a ficha ainda não tinha caído, a gente começou a rir. Era a alegria invadindo a alma da gente, a gratidão por ter vencido o desafio.

E tudo isso só foi possível porque eu acreditei. Mesmo quando disseram que eu era loucura, mesmo quando não acreditaram que seria possível realizar esse feito, mesmo quando duvidaram e acharam que eu não conseguiria, eu simplesmente não dei ouvidos. Eu acreditei em mim, acreditei na minha loucura, acreditei que era possível. Fui lá, com a cara e a coragem e fiz o meu sonho acontecer. E você também pode fazer o sonho acontecer. No trajeto, podem aparecer adversidades, podem haver momentos em que a vontade de desistir é enorme, insuportável, mas se a gente acredita, de verdade, a gente enfrenta tudo, assume a nossa loucura, realiza o impossível e percebe o quanto é capaz de realizar. Acredite!